Eternidade e salvação humana na Ética de Spinoza

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DOI:

https://doi.org/10.69967/07194773.v1i21.468

Palavras-chave:

eternidade, duracion, ontologia, salvacion

Resumo

Na Ética de Spinoza, os conceitos temporais como “eternidade” e “duração” estão fundamentados em uma ontologia do ser necessário e imanente. Diferentemente do que Spinoza sustentava nos Pensamentos Metafísicos, aqui não é mais a divisão do ser —em ser cuja essência implica a existência, e ser cuja essência implica uma existência possível— o critério para derivar as definições de eternidade e de duração. Desde o início, a obra póstuma afirma a determinação absoluta do real. O objetivo deste artigo é elucidar, no contexto da ontologia da imanência, o que é a eternidade para Spinoza, por que se distingue da duração e a que realidades se aplicam uma e outra. Como uma das principais contribuições para a bibliografia secundária e para a filosofia ética em geral, explicitaremos o que significa para Spinoza que as coisas que duram ou existem atualmente podem, no entanto, ser eternas, em uma perspectiva —como a deste texto— cujo horizonte é a determinação do bem viver dos homens e da sua salvação.

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Publicado

2023-12-11

Como Citar

Sibilia, G. (2023). Eternidade e salvação humana na Ética de Spinoza. Mutatis Mutandis: Revista Internacional De Filosofía, 1(21), 54–68. https://doi.org/10.69967/07194773.v1i21.468

Edição

Seção

Artigos de pesquisa