Husserl sobre Kant e a visão crítica da lógica
Palavras-chave:
Husserl, Kant, Parsons, Logic, NormatividadeResumo
Este artigo busca esclarecer as observações críticas de Husserl sobre a visão de Kant acerca da lógica, comparando suas respectivas concepções. Em sua Lógica Formal e Transcendental (1929, §100), Husserl critica Kant por não formular questões transcendentais sobre a lógica formal, mas sim atribuir-lhe uma "prioridade extraordinária". Ele acredita que a atitude não crítica de Kant em relação à lógica se deve à visão de Kant de que a lógica se dirige ao sujeito, em vez de se preocupar com um "‘mundo’ de Objetos ideais". Enquanto Kant considera que a lógica geral trata das leis do raciocínio, Husserl pensa que a lógica formal deve descrever estruturas formais. Husserl afirma que, se Kant tivesse um conceito mais abrangente de lógica, teria levantado questões críticas sobre como a lógica é possível. Esse tipo de crítica não pode usar formas de juízos ou silogismos da lógica, nem mesmo o método "inferencial" de forma mais geral, mas deve ser de natureza descritiva. A fenomenologia transcendental de Husserl é o método para tal crítica. O artigo argumenta que isso resulta em reflexão e possivelmente revisão dos princípios lógicos em relação aos objetivos normativos que governam a investigação em questão.
Downloads
Referências
Husserl, E. (1956). Erste Philosophie (1923/24). Erster Teil, kritische Ideengeschichte. (Hrsg. Rudolf Boehm). Haag: Martinus Nijhoff.
Husserl, E. (1999). Investigaciones lógicas. (Trads. José Gaos y Manuel García Morente). Alianza, Madrid.
Husserl, E. (2008). La crisis de las ciencias europeas y la fenomenología transcendental. (Traducción y estudio preliminar de Julia V. Iribarne). Prometeo Libros, Buenos Aires.
Husserl, E. (2009). Lógica formal y lógica trascendental. (Trad. Antonio Zirión Quijano). IIF-UNAM, México.
Husserl, E. (2013). Ideas relativas a una fenomenología pura y una filosofía fenomenológica. Libro primero, Introducción general a la fenomenología pura. (Nueva edición y refundición integral de la traducción de José Gaos por Antonio Zirión Quijano). UNAM-IIF, FCE, México.
Kant, I. (1999). Prolegómenos a toda metafísica futura que haya de poder presentarse como ciencia. (Edición, traducción, comentarios y notas por Mario Caimi). Ediciones Istmo, S. A., España.
Kant, I. (2009). Crítica de la razón pura. (Traducción, comentarios y notas por Mario Caimi). FCE/UNAM/UAM-I, México.
Hartimo, M. (2018). Husserl on Completeness, Definitely. Synthese, 195 (6), 1509–1527.
Hartimo, M. (2019). Constitution and Construction. In C. Weiss (Ed.). Constructive Semantics – Meaning in Between Phenomenology and Constructivism. Logic, Epistemology and the Unity of Science Series. Springer. doi:10.1007/978-3-030-21313-8.
Heffernan, G. (1989). Isagoge in die phänomenologische Apophantik. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers.
Hintikka, J. ([1996] 2003). The Principles of Mathematics Revisited. Cambridge: Cambridge University Press.
Kjosavik, F. (2022). Kant on the possibilities of mathematics and the scope and limits of logic. Inquiry. An Interdisciplinary Journal of Philosophy, 65 (6). doi:10.1080/0020174X.2019.1651087
Parsons, C. (2012). Arithmetic and the Categories. In From Kant to Husserl, 42–68. Cambridge, MA: Harvard University Press.
Parsons, C. (2015). Infinity and a Critical View of Logic. Inquiry, 58 (1), 1–19.
Schuhmann, K. (1977). Husserl-Chronik, Denk- und Lebensweg Edmund Husserls. The Hague: Martinus Nijhoff.
Sher, G. (2016). Epistemic Friction: An Essay on Knowledge, Truth, and Logic. Oxford: Oxford University Press.
Downloads
Publicado
Versões
- 2024-07-14 (2)
- 2024-04-03 (1)
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Mirja Hartimo & Luis Canela Morales
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.